sexta-feira, 16 de abril de 2010

Porque fazer um blog?

Pois é, por que?

Escrever é a saída que vejo para dissertar, debater, expor opiniões, criticar e elogiar. Dizem que escritores são loucos, desencontrados, boêmios, protestantes sem causa. Isso vindo da boca de quem mal sabe ler...

Mas então, decidi fazer o blog para expor tudo que já escrevi até hoje.

Escrever é muito bom, mas às vezes temos dificuldade de fazer de um jeito que haja harmonia, que todos os parágrafos estejam encaixados, como um lego. Cada palavra é minuciosamente escolhida e combinada com outras.

Às vezes acabam os argumentos, e às vezes argumentamos, argumentamos e não chegamos a ponto nenhum. Complicado isso.

Lemos e relemos nossos textos e sempre achamos algo pra mudar, sempre... Temos a mania de nos menosprezar, pensamos que poderíamos ser melhores, que nunca escrevemos tudo que queríamos, que o leitor merece mais... Escritores críticos e exigentes...

Quando a inspiração nos falta é reza pra santo, promessa, pulinho... Não há remédio, é sentar e esperar. E vamos combinar, essa tal de inspiração é uma pessoa muito inconveniente, chega sempre nas piores horas: quando estamos no banho, indo dormir, no meio da prova de física. Ai desgraça, avisa antes de vir, não conhece celular minha filha?

Bueno, chegou a inspiração e é só alegria, dependendo do horário que ela chega né, escrevemos, escrevemos, escrevemos, que beleza, parece um monte d’água abundante num riacho, não acaba nunca. Enfim terminamos o nosso texto, sem mais problemas, chega, acabou.

Não acabou não!

Ainda temos que dar pra amiga, pra mãe, pro cachorro, pra que leiam e digam o que acharam se está mesmo decente, digna de ser lida... Aí sim termina.

domingo, 11 de abril de 2010

Certo, errado e perfeito

Pegar o papel e a caneta e inventar um novo mundo, um novo amor, um novo eu!

Realmente, tudo seria mais fácil se cada um de nós tivesse uma caneta mágica que pudesse mudar o errado, transformá-lo em certo. Mas o que seria do certo se não houvesse errado?

Nós precisamos do errado para alcançar o certo, e será que existe mesmo o certo? E se tudo for errado? E se o errado for o certo?

Que confusão.

Nunca estará cem por cento perfeito, sempre restará um pequeno detalhe faltando, uma desconfiança no fundinho do olhar, uma mentirinha, outra ali, um errinho simples que não deixa chamarmos de perfeição.

Passamos inúmeros dias de nossas vidas em busca de beijos perfeitos, cabelos, roupas, flores, notas, condutas, colégios, carros, maridos e mulheres, restaurantes, filhos, amigos, jogos, tudo deve ser perfeito.

O perfeito, ou o errado, ou o certo está nos olhos de quem vê. Depende do que cada um considera justo, depende do que estamos acostumados a fazer, a dar e receber. Buscar a perfeição é como andar em círculos, nadar, nadar e morrer na praia.

Sabes porque? Porque o perfeito mentiu pra ti, tirou férias sem previsão de volta.

Ele sempre foi uma palavra no dicionário, nada mais do que isso. Palavra que saía da boca dos presunçosos. Mera hipocrisia considerar perfeição qualquer coisa que seja, isso não existe mais.

Estamos destinados a lamentar o fim disso por toda a nossa existência e conviver com a sua ausência.

Convivência. Essa é uma palavra a ser discutida em outra ocasião, mas não fujam queridos, lembrem-se sempre: nada mudou, só foram esclarecidos alguns pontos antes meio embaraçados.