domingo, 28 de novembro de 2010

Várias dentro de mim

Sempre soube ser várias, sempre tive muitas dentro de mim, cada uma para apropriado momento, cada uma com um nome e uma profissão diferente. Já fui, uma vez, enfermeira quando disse “deixa que eu cuido desse machucado”, depois fui a causadora de certas doenças psicológicas, tal como loucura, já fui aluna quando disse que queria aprender e outrora fui professora quando disse que iria ensinar, já fui submissa quando disse “eu faço tudo o que tu quiseres”, mas também já fui a líder quando disse “hoje sou eu que mando”, já fui amante e fiz amor na hora do almoço, já fui traída, descobri e perdoei e já fui a traidora, dizendo mais tarde ao corno que havia errado muito e pedindo desculpas. Já fui a dona das verdades, mas não lembro qual verdade decidi dizer naquele dia, fui também a dona das mentiras, dizendo a um certo homem a palavra “para sempre” e quando neguei certas coisas em minha vida e todas as vezes que menti meu nome quando convinha. Já fui o perigo em carne e osso, quando me deparei com um homem com medo e disse-lhe “calma, eu sou o perigo e nesse exato momento não vou te fazer mal algum”, já fui ilícita e fiz coisas fora da lei, já fui certa e não aceitei propostas indecentes, já fui negociante e estive aberta à negociações, fui vendedora e vendi alguns amores do meu passado, já fui inocente e fingi que não entendi, já fui depravada e vi segundo sentido em tudo, já fui DJ e ditei o ritmo, já fiquei na pista dançando conforme a música, fui bombeira uma vez que apaguei fogo, fui política todas as vezes que prometi e não cumpri, fui lady e tive motorista particular, fui juíza e dei minha sentença, fui o réu e recebi a sentença, fui do céu ao inferno e ninguém acredita que existam tantos eus dentro de mim.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Meus "nãos" dissertativos

Não me olhes, que não estou sempre bela, não me cuide, que disso já estou saturada, não me julgues, pois conheço as conseqüências dos meus atos, não cria esperança, que sou inconstante, não te jogues nos meus braços, que tenho bons reflexos, não corra atrás de mim, que eu odeio brincar de pega-pega, não me diga datas, que eu não costumo usar o calendário, não me ponha rédeas, pois sou um cavalo selvagem, não me ponha limites, pois sou uma desobediente, não me diga o que devo fazer, pois farei totalmente o contrário, não me tire pra dançar se não vai agüentar o meu ritmo, então não me beije se não vai me entregar tua boca quando eu precisar, não faça tudo que eu mandar, nem se eu pedir, que eu adoro ouvir um não, não me dá a mão, que eu entro em pânico, não me promete futuro, que o futuro demora, não me lembre do passado, pois eu tenho amnésia seletiva, não me pergunte se eu quero, que eu demoro para responder, não me conte tuas peripécias, que amanhã não vou lembrar nem teu nome, não me dê dicas, que esse papel é meu, não tente me impressionar, não costumo notar, não deite o meu banco para trás, que sou eu que mando, não me convide pra ver o pôr-do-sol, que eu quero é saltar de pára-quedas, não mude por mim, que sou distraída, não me pergunte as novidades, que sou desatualizada, não me ponha prazos, que não trabalho sobre pressão, não tente me deixar curiosa, porque justamente não o sou, reconheça então cada sorriso meu, e isso bastará.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Versos inadimplentes

O arrependido

Sentado pensando na vida

Nas possibilidades perdidas

Vagando entre loucura e certeza

Parado.


Sentado naquele banco

Esfriando os meus problemas

Tentando achar um caminho

E lendo meu jornal ao mesmo tempo.


É incrível o tamanho do arrependimento

Quando lembro de tudo que perdi

Seria melhor nem ter ganhado

Do que ser chamado de desgraçado.


O que faço eu agora?

Fico, junto ou vou embora?

E se eu cair? Eu se eu correr?

Quando, meu Deus, vou morrer?


Falar é tão fácil pra quem se mantém distante

Mas só quem sabe o tamanho do sofrimento

É o pobre do andante

Com seu andar cansado e lento.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Apresentações...

Acho que nunca me apresentei devidamente aqui, apesar de já ter dado várias pistas sobre mim. Não que eu seja alguém famoso ou de grande importância para o país, mas acho digno, pelo menos, uma carta de apresentação para informar quem lê.

Oi, meu nome é Gabriela, eu tenho 1,53 cm de altura, eu sei, abatumei e não, eu não vou crescer mais do que isso, meu salva vidas é o salto alto e eu não acho graça em piadas de anão e derivadas. Eu não me considero a pessoa mais bonita do mundo, mas sei que a minha mãe acha, também não me considero a mais inteligente e nisso a minha mãe concorda comigo. Eu sou estudante por enquanto, já que eu termino o ensino médio este ano, não trabalho, não declaro imposto de renda, mas tenho um cofrinho no meu quarto. Faz três dias que eu estou sem internet, minha vida está um saco, ops, isso aqui não é twitter... Mas voltando ao assunto, eu não acredito em Papai Noel, nem em príncipe encantado e em dietas também não, comecei a minha semana passada e já perdi as contas de quantas vezes a quebrei. Eu tenho alergia a pó, uma coisa que todo mundo tem, acredito eu, tenho dois gatos, mas não sou alérgica a eles. Tenho fé que água de melissa é o remédio universal, que cura todos os males, aliás eu adoro remédio e se eu votasse, eu tenho 16 anos mas não fiz meu título de eleitor, eu votaria no Serra porque também sou hipocondríaca.

Sou a favor da lei que diz que quem acertar seu nome na sua prova deve ganhar pontos por isso, apesar de ela não existir ainda, mas, com certeza, quando for criada eu vou apoiar. Eu odeio coisas quadradas e também não gosto do formato redondo, acho que prefiro os ondulados, só sei a tabuada do dois e olhe lá, nunca conheci o Beto Carrero e nem vou conhecer, porque ele já morreu(valeu pai!), eu tenho hipotireoidismo e odeio quando as pessoas me dizem “tu tem tireóide?”, mas é claro que eu tenho, todo mundo tem tireóide, já falei que odeio pessoas ignorantes? Ah, eu escrevi um texto mais pra baixo falando que eu não gosto muito das pessoas... Também não sou nada simpática, mas é só me dar três doses de tequila e eu viro a tua amiga de infância, não sou uma rebelde sem causa, apesar de não ter causa nenhuma, mas prefiro não pintar os cabelos e esperar os brancos chegarem e, ao contrário do meu irmão, eu vim com o botãozinho de desliga.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Estado civil: Claustrofoba

Vou confessar agora algo que nunca falei: não gosto de ser solteira. Não, não gosto nem um pouco. Não que isso signifique que adoro namorar ou estar casada, até porque nunca estive, então nem sei como é. Mas o que passa é que estar solteira me remete a estar sozinha e estar sozinha pra mim é a coisa mais chata do mundo.

Como já disse antes, não sou fã numero um do relacionamento “namorando”, por vários motivos: traumas do passado, porque não confio em verbos no gerúndio e também porque namorar requer regras de comportamento e o meu forte é, justamente, quebrar regras, seja ela qual for. E também não sou fã de estar cem por cento sozinha. Mas do que eu sou fã então? É, eu leio pensamentos, e respondendo, as coisas são tão modernas que já existe um meio termo, na teoria não sei bem como se chama, mas na prática funciona como um relacionamento casual, sem regras, sem compromissos, sem cobranças, ciúmes violentos , conhecer a sogra e essas coisas chatas, um relacionamento que reúne todas as coisas boas de um namoro e descarta as ruins. É disso que eu gosto, conhecer pessoas novas, classificá-las entre lindas, gente boa e boa gente, me apaixonar em 3 minutos, me arrepender em um e terminar o fast relationship em dois.

O que há de errado? Isso é uma diversão pra mim, eu não sei deixar que as pessoas se apeguem a mim, entro em pânico só de pensar que alguém gosta de mim e que eu não sinto o mesmo, só me sinto segura e pronta pra me apaixonar quando sei que a outra pessoa não vai se apaixonar. Eu me imagino respondendo “sim” à pergunta “quer namorar comigo?” mas sei que quando esse dia chegar eu vou suar frio, gaguejar e talvez diga um simples “ta”. Eu tenho claustrofobia, não posso namorar, não posso ficar em lugares fechados, não posso me sentir sufocada, eu suo frio.

Sei que isso são coisas da idade, cada um tem a sua hora, e isso não quer dizer que eu vá, pra sempre, ter esse pensamento, até porque estou em constante mudança, mas agora, nesse exato momento, sinto que ainda tenho muitas coisas pra fazer, muitas pra dizer, muitas pra comer, pra correr, pra viver. Um namorado não me permitiria fazer nem metade de tudo que desejo, e é isso que eu não quero. Sei que as coisas acontecem justamente na hora que tem que acontecer, e que não adianta eu ficar negando algo que tem que acontecer pra mim, pode ser que o grande amor da minha vida apareça na minha frente amanhã e depois de amanhã nós já estejamos namorando, como pode ser também que eu tenha conhecido ele semana passada e nem tenha me dado conta, a vida tem dessas coisas... E enquanto eu sou livre, vou aproveitando, nada melhor do que respirar fundo e sentir que nada me prende.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Variações de uma mulher menstruada

Todos sabem que uma vez por mês a mulher sofre uma descarga hormonal que faz com que ela menstrue. E além de cólicas, dores de cabeça e vontade de comer chocolate, ela também tem variação de humor. Por exemplo:

A namorada

(fora do período menstrual)

Ela: Oi amor, chegou tarde do trabalho hoje, ah pobrezinho, que estava fazendo? Vou aquecer a janta pra ti.

(durante o período menstrual)

Ela: João Pedro Frederico, porque estás atrasado pro jantar? Ta de caso com a baranga da tua secretária é? Eu te liguei mais de cinco vezes e esse celular só dá desligado. Eu já comi, se tu quiser comer alguma coisa vai aquecer a comida pra ti.

A mãe

(fora do período menstrual)

Filha: Mãe, posso sair esse final de semana?

Ela: Claro meu amor, vai mesmo, aproveita a vida enquanto tu é jovem, já viu com que roupa tu vai?

(durante o período menstrual)

Filha: Mãe, posso sair esse final de semana?

Ela: Por quê? Tu já não saíste final de semana passado? Vai te sossegar um pouco, não quero ter que te buscar de madrugada, tive uma semana horrível e deu desse assunto!

A professora

(fora do período menstrual)

-Bagunça na sala.

Ela: Gente, vamos parar com a conversa, já estamos quase no final do ano, é hora de recuperar nota e prestar atenção na aula.

(durante o período menstrual)

-Bagunça na sala

Ela: Chega de conversa paralela, calem a boca! Já estamos quase no final do ano e duvido que algum de vocês já esteja passado. Eu não sou a mãe de vocês, eu exijo respeito e abram os cadernos, vou dar uma prova surpresa, quero ver se vocês estão sabendo tudo.

A chefa

(fora do período menstrual)

Ela: Rafael, já mandou os relatórios pro meu e-mail?

Ele: Não deu chefa, a minha mãe adoeceu e eu que estou cuidando dela.

Ela: Ah que pena, melhoras pra tua mãe!

(durante o período menstrual)

Ela: Rafael, já mandou os relatórios pro meu e-mail?

Ele: Não deu chefa, a minha mãe adoeceu e eu que estou cuidando dela.

Ela: Como assim “não deu”? Eu pedi isso semana passada! Quero esses relatórios AMANHÃ na minha sala.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O melhor idiota

Em nossas vidas sempre nos deparamos com alguns idiotas. Esses, além de idiotas, também são adjetivados como imbecis, covardes, mentirosos e sem compaixão. Mas no meio do caminho encontramos um que vale a pena. Esse é o “melhor idiota”.

O melhor idiota anda por aí, de mansinho, com certo jeitinho mineiro, comendo quietinho, faz doce, joga charme, dá a corda e depois enforca.

Por alguns segundos nos faz acreditar naquilo que queremos, as coisas passam a ter outro ponto de vista, e até a mais tímida das mulheres se sente capaz de tomar decisões persuasivas, atitudes extremas, como se uma injeção de autoconfiança e coragem nos fosse fincada no braço de uma hora pra outra.

É meninas, ele é um amor, nos faz rir, esquecer a rotina, nos faz viver momentos que ficarão pra sempre guardados em nossas memórias, nos dão a mão e nos guiam em noites escuras, nos emprestam seus ombros para dormirmos em madrugadas frias, oferecem ajuda e solução até para o pior dos problemas, tiram-nos para dançar como se ninguém estivesse vendo, cantam a nossa música ao pé do ouvido, e por mais ridículo que isso pareça, na hora sempre soa muito romântico. Criamos brincadeiras com o melhor idiota, segredos, apelidos e bobagens que só os dois sabem, isso se chama intimidade. E quando tudo parece muito bem o melhor idiota vem e diz que não pode mais ser o SEU melhor idiota.

Ficamos de queixo caído. Sem explicações, tentamos pensar onde está o erro. Ficamos nós com cara de idiota. Foi idiotice da nossa parte acreditar em alguém tão dócil e divertido. Um erro irreparável, que vergonha para nós, mulheres.

Mas assim como esse, outros aparecerão. Um melhor idiota só faz bem, levanta a nossa moral, nos faz fugir de tudo e de todos e vivenciar momentos de loucura. Nunca ninguém reclamará por ter sido feliz ao lado de um grande idiota, ainda mais o melhor de todos.

E surpresa não será mais quando ele for embora, grandes idiotas sempre tem essas atitudes.

Já viram alguma mulher processando Santo Antônio por amar o melhor idiota?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Os 12 mandamentos

Pois bem, cansada de ver os homens errando cada vez mais feio, jogando cantadas cafonas e levando foras históricos, resolvi escrever esse texto com a intenção de dar um empurrãozinho na hora de conquistar a menina.

Primeiramente, o passo mais básico, seja sempre alegre e educado ao falar com ela. Na hora de criar uma oportunidade vale ter criatividade, pode convidá-la pra olhar o pôr-do-sol, jantar em um restaurante moderninho ou qualquer outra coisa, o que importa é não cometer gafes e fazer tudo ao gosto dela.

Quando vocês forem se encontrar ela vai se arrumar, querendo ficar linda. E o que ela mais quer é que você elogie ela, mas não faça isso. Não nas primeiras duas vezes, na terceira você olha e diz: “Nossa, que linda que tu ta hoje”. Com ênfase no linda. Essa sempre funciona.

Fique uma semana sem falar com ela e na sexta de noite ligue pra ela. Diga que esteve ocupado, e não quis ligar antes para não incomodar, diga que sonhou com ela ou que sentiu saudades. Deixe que ela fale o que fez na semana, prolongue o papo por um bom tempo, mulheres adoram falar ao telefone, e se quiser a convide para dar uma volta “agora, nesse exato momento”. Ela vai adorar.

Faça elogios inteligentes. Por exemplo, a maioria dos homens elogia cabelo, bunda, corpo, roupa. Seja diferente, elogie algo que nunca ninguém tenha dito a ela, algo como a pele, a cor dela, a boca, o sorriso e se for falar do cheiro acerte a composição do perfume, no caso se ela estiver usando um perfume cítrico diga: “Muito bom o seu perfume, é de limão ou laranja?”.

Mostre a ela suas habilidades, mas muito cuidado, não comece a falar de você sem parar sem ela nem mesmo ter tocado no assunto. Espere o momento que ela tocar no assunto tipo culinária, ou danças, português e matemática, ou algo relacionado ao que você pretende falar. E não importa a sua preferência, quando ela disser que gosta de assistir Programa do Jô concorde, diga que ele é muito inteligente; dá um ar de culto.

Faça coisas clichês como puxar a cadeira pra ela sentar, se ofereça pra pagar a conta ou dividi-la, pague os drinks dela na boate, abra as portas pra ela entrar, faça carinho no cabelo dela e de beijinhos na testa e na bochecha.

Seja sempre engraçado, mande um vídeo, muito importante: apenas um, e esse tem que ser muito engraçado, pra ela. Conte piadas, a faça contar alguma e mesmo que não tenha graça ria! Ela vai achar você um ótimo companheiro.

Pergunte dos problemas dela, ou quando ela lhe contar algum diga palavras solidárias e ofereça a sua ajuda, mesmo que seja quase impossível você ajudar, ela vai amar escutar isso de você.

Diga que viu algo que lembrava ela, algo como uma propaganda, ou um perfume parecido com o dela, ou alguma roupa parecida com a dela...

Conversem sobre tudo, chuvas, tempo frio, festas da cidade onde moram, os acordos internacionais do Lula, o caso Bruno, novela das oito, escândalos políticos, provas do colégio, família, bichos de estimação, formatação de computador. Compartilhe com ela suas tarefas diárias, suas provas do colégio ou faculdade, suas novidades, sua felicidade e sua tristeza também. Deixe ela te dar algum conselho e diga obrigado, logo mude de assunto e não reclame mais, ou ela vai pensar que você é uma pessoa rabugenta.

Diga que acredita em horóscopo, e que uma vez você leu em alguma revista que os de vocês combinavam.

Última, e nem por isso menos importante, nunca diga que pretende namorar com ela. Por mais que ela queira muito namorar com você isso a espantará, só diga que quer namorar na hora que for fazer o pedido, se for fazer...

Enfim, essa não é uma fórmula mágica e nem tem cem por cento de eficácia, são só algumas dicas, quem quiser seguir me avise depois se deu ou não certo. Beijinhos!

sábado, 14 de agosto de 2010

Tipo auto-ajuda

Sabem, eu boicoto qualquer tipo de texto de auto-ajuda, mas mediante ao que me deparei agora, vou escrever algo bem próximo de um...

Então, sei que as férias foram ótimas, cheias de diversão, histórias para contar e que agora chegaram ao fim. As aulas recomeçaram, tem feito muito frio em Uruguaiana, trabalhar dois turnos cansa, dias nublados nos irritam, estou ciente de tudo isso, mas o caso não é tão desesperador assim como muitos pensam.

É direito de cada um pensar o que bem entender, mas ficar achando defeito em tudo e só reclamando nos fará mal. Além de que reclamar não resolve, e nem nunca resolverá, nenhum dos nossos problemas. Todos nós temos problemas, todos nós temos algo a reclamar, uma coisinha que não nos satisfaz cem por cento, mas ficar só enxergando ela só vai nos tornar cada dia mais amargos.

A vida é tão linda, eu sei que é clichê, mas é a mais pura verdade. Fomos criados para usufruir e aproveitar, para sermos felizes. É só olhar ao redor, ninguém está parado e aqueles que estão parados estão perdendo tempo. A vida continua, os dias, as horas e os minutos passam cada vez mais rápido. Estamos com um cronômetro ligado e o tempo corre, aliás, voa! Então queridos, porque perder esse tempo rico engrandecendo nossas tristezas?

A lista de outras coisas melhores a se fazer é tão maior...

Devíamos ver coisas boas em tudo, até nos nossos problemas. E se estás, realmente, insatisfeito com uma determinada situação, então levanta a bunda dessa cadeira e toma uma atitude, ou a tua vida continuará parada, tu com essa cara de mártir e o tempo correndo.

Agradecer todos os dias pela vida que temos, por pior que ela seja, é o mínimo que podemos fazer...

Vai lá, deixa essa roupa de coitadinho pra lá, toma uma atitude, resolve os teus problemas, põe um sorriso na cara e vai ser feliz, porque a vida é curta, o tempo mais ainda, e há muito que viver ainda!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Não gosto muito das pessoas

Não gosto muito das pessoas.

Pessoas são muito chatas, deveras inseguras, entediantes. Um livro é sempre mais interessante, e as poucas que se salvam não gostam de ler. Realmente, muito decepcionante.

Não gosto das pessoas porque elas guardam suas coisas em caixas, porque ou falam demais ou nem falar falam, porque as pessoas fazem barulho ao mastigar, porque escutam tudo muito alto. Não gosto muito das pessoas porque elas mantêm hábitos ruins toda a vida e quando chegam aos 60 decidem mudar radicalmente. Não gosto muito das pessoas porque essas não acreditam em Papai Noel, porque acham que as únicas cores que existem são as 7 cores do arco-íris. Pessoas adoram deixar tudo pra última hora, adoram fazer fila e adoram rotular as coisas. Mas não gosto mesmo das pessoas porque elas tem o dom de "hipocretizar" e banalizar tudo.

Acho que sempre fui assim, desde criança. A verdade é que eu nunca gostei muito das pessoas. Elas nunca me surpreenderam. Não, é claro que não.

Pessoas vivem se justificando, justificando as justificativas delas mesmas e assim por diante... Pessoas se acostumam a mentir e omitir as mínimas coisas. Pessoas se dizem cheias de princípios, mas erram feio em seus julgamentos.

Vivem mudando de opinião, falando umas mais alto que as outras, quebrando contratos, faltando aos seus compromissos, porque pessoas criam ilusões e quando se decepcionam culpam os outros por isso. Porque pessoas compram revistas de fofoca e resumo de novela, cobram dos outros que cumpram regras enquanto estão totalmente fora da lei, porque até hoje mantêm um preconceito contra os homossexuais e os negros, se esbaldam comendo no inverno e quando chega o verão se internam na academia esperando que algum milagre aconteça.
Pessoas prometem de mais e cumprem de menos. Reclamam de mais e agem de menos.

Não gosto muito das pessoas porque se acham muito “is”. Imortais. Inesquecíveis. Irresistíveis. Inatingíveis, enquanto são muito “vs”. VULNERÁVEIS.

Odeio mais ainda ser uma pessoa e, portanto, me enquadrar nessas descrições.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amigos, meus queridos.

Bom, eu vou escrever isso daqui sem dizer para quem é, porque é de coração e vocês sabem que é pra vocês.

Primeiramente vou dizer que vocês são pessoas escolhidas a dedo, porque eu não sou muito de me entregar, nem eu nem meu coração. Além do mais, meu coração e eu somos duas pessoas muito desconfiadas! Seja como for, escolhi vocês para amar e confiar e sei que fiz a escolha certa depositando todo o meu amor em vocês.

Estejam em outra cidade, em outro colégio, em outra sala ou até mesmo sentando na mesma fila que eu, ou sejam vocês meus amigos há quatro anos, quatro meses ou quatro minutos. Mesmo assim não me arrependo.

Gosto de você imensamente e queria dizer que o sentimento de amizade é dos mais lindos, que sinto por vocês um carinho imenso e que se um dia eu não puder cuidar de vocês, por favor, cuidem de mim, tá?

Por todos os momentos felizes e até mesmo os tristes que um de vocês esteve comigo. Às vezes dois. De manhã, de tarde e de noite. Sempre tenho um de vocês comigo, e quando nem assim em presença, estão comigo em pensamento. E que todas as nossas lembranças sejam levadas com amor pro resto de nossas vidas.

Gordinhos, loiros, éfes e bes, ou gatos de escritório, chapados, bêbados e drogados. Uruguaianenses, Porto Alegrenses ou até mesmo ali do Quarai... Eu amo todos vocês, do fundo do coração.

Da pequena, Bibi, Feliz dia do Amigo!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Permitir-se

Estou cansada dos meus pensamentos quadrados, cor nude, jecas. Seguir sempre a linha, no eixo da previsão. Que monótono.

Vou me permitir mais, vou viver o que eu sempre quis, mas nunca tive coragem, vou fazer desse filme de comédia romântica uma aventura inesquecível.

Porque é assim que eu sou, esse é o meu eu mais secreto. Tão secreto que nem eu sabia que existia. Vou deixá-lo ser rebelde.

Quero cair, subir, descer quantas vezes forem necessárias. Quero cometer um erro por dia, ok, nos finais de semana dois por dia. Quero fazer parte dessa loucura toda que eu sempre me mantive tão distante.

Não me ofereçam planos, nem seguro de vida, eu quero correr riscos, quero sobreviver ao invés de viver solamente. Não me dêem quebra-cabeças, pois não quero montar as peças ao que se encaixem perfeitamente.

Vou cortar o laço de segurança da minha vida, quero ser o perigo, e se isso não for possível quero correr lado a lado com ele. Quero ser a agulha de adrenalina injetada na veia. E quero que toquem músicas agitadas nesse filme da minha vida.

Quero que a minha vida seja decidida nos quarenta e cinco do segundo tempo, quero ficar com o coração na mão, quero sentir medo, frio na barriga, quero todas as emoções à flor da pele. Quero sentir muito frio e muito calor.

Vou me despir de todas as regras, de tudo aquilo que me ensinaram que era certo. Não quero ser funcionária padrão, nem mulher ideal, nem exemplo de pessoa.

Quero ser chamada de louca, depravada, desprovida, demitida, deslocada, diaba, insana...

E aqueles que quiserem vir comigo prometo um caminho louco, incerto, mas cheio de amor e diversão. Porque afinal, os loucos também amam e sabem se divertir melhor do que ninguém.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Guri é guri, homem é outra história...

Moro em um lugar onde se chama de “guri” os garotos, meninos, homens e seus derivados...

Mas usa o termo errado aquele que chama de guri um homem feito.

Sim, porque um guri e um homem, mas um homem de verdade, são duas coisas completamente diferentes. E diga-se de passagem, graças a Deus.

Um guri, como a própria palavra já diz, é bem guri mesmo. Vive inconseqüentemente, comete mais erros que acertos, tem cheiro de coisa errada por onde ele anda. Me desculpem, mas guris são geralmente desprezíveis. Não sabem ficar de boca fechada e cada palavra que deles é pronunciada tem um som de deboche, como uma ironia, numa voz que rasga o acústico, extremamente irritante. Isso. Guris são irritantes. Muito irritantes.

Homens são o contrário. A antítese. E diga- se passagem, novamente, graças a Deus.

Homens conhecem o significado da palavra conseqüência, conhecem também a responsabilidade. E como as conhecem. Ah sim... Não são de todo sérios, senão não haveria graça, são de todo equilibrados. Sabem a exata hora para praticamente tudo. E, principalmente: homens têm experiência, já aprenderam muito com a vida, sabem seduzir, sabem cair fora elegantemente, sabem quando começa e termina. Andam com um olhar diferente, não é prepotente bem ao certo, mas algo sereno, e se olharmos com bastante atenção dá até pra ver um sorriso esboçando no canto da boca.

Homes não insistem. Aliás, ainda bem que toquei nesse assunto. Como os guris insistem, cruzes. Deve fazer parte da imaturidade deles gostar de ouvir um não.

- Vamos sair final de semana!

- Não, ta muito frio.

- Então eu faço algo em casa e te convido.

- Vou ver se posso.

- Então ta, me da teu numero pra eu te ligar.

- Caralho, não quero sai contigo, GURI!

Homens são mais sutis...

- Vamos sair esse final de semana?

- Não, ta muito frio.

- Ah que pena, tinha preparado uma surpresa pra nós, mas fica pro próximo, beijos.

(esse é momento que ela muda de idéia e eles saem no final de semana)

Mas é como eu digo, guri é guri, homem é outra coisa.

sábado, 8 de maio de 2010

Mãe

Uma família moderna consiste em um pai, uma mãe e os filhos.

Uma família faz coisas que as famílias fazem. Jantam fora nos finais de semana, passeiam no parque nos domingos, fazem brincadeirinhas, viajam junto nas férias.

Mas a grande verdade é que nós, os filhos, sempre criamos uma relação de afeto apenas com um dos dois, ou com o pai, ou com a mãe.

No meu caso, não por escolha, mas por conviver sempre mais com a mãe, meus laços de afinidade são infinitamente maiores com a minha mãe do que com o meu pai.

Isso não muda em nada o amor que eu sinto pelo meu pai, e nem desmerece o papel dele como tal, mas é um fato concretizado, nenhuma mudança pode ser feita e a essa altura do campeonato, nem adianta discutir as causas.

Eu e minha mãe sempre tivemos uma relação muito madura. Nossas conversas sempre foram muito sinceras, nenhum segredo, nenhuma mentira, somos e sempre fomos muito transparentes.

Éramos sempre só nós duas, fazendo programas só nossos, brincadeiras que só nós duas sabíamos, compras no shopping e depois o prêmio por esperar cada loja que ela entrava era um Mc lanche feliz, ou um picolé premiado da Kibon.

Ela me encheu de sabedoria, regras de etiqueta, ensinou a contar dinheiro com prendedores de roupa, enfim, me ensinou tudo que ela considerava importante, e que eu, naquela época, aprendi com relutância não entendendo porque seria tão necessário. E além de tudo isso ela sempre me encheu de carinho e de amor, não me deixando sentir falta de nada que fosse ou estivesse ausente. Quando o meu irmão nasceu, ela sabiamente soube dividir as atenções. Eu fui contra a idéia de ter um irmãozinho, mas agora ele já nasceu, já cresceu, não tem mais volta, e até que ele é um cara legal...

Cada programinha que fazíamos juntas era o mais divertido possível. Cada rejeição dela por uma atitude errada minha doía no fundo do meu coração, fazendo com que eu nunca mais a repetisse.

O sentimento que temos nos faz sofrer cada vez que uma sofre, ficar feliz quando a outra fica e morrer de saudades quando a outra se ausenta, seja por pouco tempo ou não.

Eu te amo pai, mas eu não vivo sem a minha mãe!

domingo, 2 de maio de 2010

Signos

“Pisciana: é a mulher mais feminina do zodíaco, adora ser protegida. Gosta de coisas clichês como o abrir da porta pra ela, puxar da cadeira quando ela for sentar, dizer quanto ela é linda... Sua feminilidade pode ser vista no modo de se vestir, falar ou se sentar à mesa. Quando se apaixona não entrega somente o corpo, mas a alma também. É o signo mais conectado com Deus, consegue sentir as coisas, prevê-las, tem a sensibilidade muito aguçada. Seu jeito lerdo e na paz fazem parte do seu lema “diga não a violência”. Quando estão com um problema ou em uma situação desconfortável criam um mundo interior, onde tudo lhes é favorável e ficam lá até que tudo passe.“

Nasci dia catorze de março, sou pisciana e confesso que quando li isso aí fui ver o autor para ver se não tinha sido a minha mãe quem tinha escrito.

Essa coisa de signo, horóscopo, coisa e tal, tal e coisa, é muito relativa. Tem gente que acredita, tem gente que não e tem gente que nem sabe de que signo é... Fico horas e horas pensando como isso funciona, as luas, os meses, os dias certos, todos os signos, cada um com um nome, cada um com um jeito. Como isso funciona?

Realmente não sei. Sou exatamente, sem por nem tirar, o que está escrito no primeiro parágrafo, mas se leio o signo de uma das minhas amigas sei que não vou concordar piamente com tudo que estiver escrito. Será que tem como a gente nascer no signo errado? Ia ser bem engraçado...

Mas se fosse por isso existiriam só doze tipos de pessoas no mundo, as como eu e o resto dos onze signos, olhando por um lado positivo seria mais fácil de lidar com os outros, seriam só doze, melhor do que essa diversidade toda... Ou não. Posso ser um caso à parte, sei que muitas pessoas não se identificam com seus signos, ou não concordam em algumas partes, cada um tem um jeito, uma característica, independentemente de ter nascido em dezembro ou em agosto. Isso não vai interferir em muita coisa, uma vez que somos aquilo que queremos ser, aquilo que aprendemos a ser.

Pode ser coincidência ou pode ser por causa do meu signo ou pode ser coisa de outro mundo, depende do ponto de vista.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Porque fazer um blog?

Pois é, por que?

Escrever é a saída que vejo para dissertar, debater, expor opiniões, criticar e elogiar. Dizem que escritores são loucos, desencontrados, boêmios, protestantes sem causa. Isso vindo da boca de quem mal sabe ler...

Mas então, decidi fazer o blog para expor tudo que já escrevi até hoje.

Escrever é muito bom, mas às vezes temos dificuldade de fazer de um jeito que haja harmonia, que todos os parágrafos estejam encaixados, como um lego. Cada palavra é minuciosamente escolhida e combinada com outras.

Às vezes acabam os argumentos, e às vezes argumentamos, argumentamos e não chegamos a ponto nenhum. Complicado isso.

Lemos e relemos nossos textos e sempre achamos algo pra mudar, sempre... Temos a mania de nos menosprezar, pensamos que poderíamos ser melhores, que nunca escrevemos tudo que queríamos, que o leitor merece mais... Escritores críticos e exigentes...

Quando a inspiração nos falta é reza pra santo, promessa, pulinho... Não há remédio, é sentar e esperar. E vamos combinar, essa tal de inspiração é uma pessoa muito inconveniente, chega sempre nas piores horas: quando estamos no banho, indo dormir, no meio da prova de física. Ai desgraça, avisa antes de vir, não conhece celular minha filha?

Bueno, chegou a inspiração e é só alegria, dependendo do horário que ela chega né, escrevemos, escrevemos, escrevemos, que beleza, parece um monte d’água abundante num riacho, não acaba nunca. Enfim terminamos o nosso texto, sem mais problemas, chega, acabou.

Não acabou não!

Ainda temos que dar pra amiga, pra mãe, pro cachorro, pra que leiam e digam o que acharam se está mesmo decente, digna de ser lida... Aí sim termina.

domingo, 11 de abril de 2010

Certo, errado e perfeito

Pegar o papel e a caneta e inventar um novo mundo, um novo amor, um novo eu!

Realmente, tudo seria mais fácil se cada um de nós tivesse uma caneta mágica que pudesse mudar o errado, transformá-lo em certo. Mas o que seria do certo se não houvesse errado?

Nós precisamos do errado para alcançar o certo, e será que existe mesmo o certo? E se tudo for errado? E se o errado for o certo?

Que confusão.

Nunca estará cem por cento perfeito, sempre restará um pequeno detalhe faltando, uma desconfiança no fundinho do olhar, uma mentirinha, outra ali, um errinho simples que não deixa chamarmos de perfeição.

Passamos inúmeros dias de nossas vidas em busca de beijos perfeitos, cabelos, roupas, flores, notas, condutas, colégios, carros, maridos e mulheres, restaurantes, filhos, amigos, jogos, tudo deve ser perfeito.

O perfeito, ou o errado, ou o certo está nos olhos de quem vê. Depende do que cada um considera justo, depende do que estamos acostumados a fazer, a dar e receber. Buscar a perfeição é como andar em círculos, nadar, nadar e morrer na praia.

Sabes porque? Porque o perfeito mentiu pra ti, tirou férias sem previsão de volta.

Ele sempre foi uma palavra no dicionário, nada mais do que isso. Palavra que saía da boca dos presunçosos. Mera hipocrisia considerar perfeição qualquer coisa que seja, isso não existe mais.

Estamos destinados a lamentar o fim disso por toda a nossa existência e conviver com a sua ausência.

Convivência. Essa é uma palavra a ser discutida em outra ocasião, mas não fujam queridos, lembrem-se sempre: nada mudou, só foram esclarecidos alguns pontos antes meio embaraçados.