terça-feira, 12 de outubro de 2010

Estado civil: Claustrofoba

Vou confessar agora algo que nunca falei: não gosto de ser solteira. Não, não gosto nem um pouco. Não que isso signifique que adoro namorar ou estar casada, até porque nunca estive, então nem sei como é. Mas o que passa é que estar solteira me remete a estar sozinha e estar sozinha pra mim é a coisa mais chata do mundo.

Como já disse antes, não sou fã numero um do relacionamento “namorando”, por vários motivos: traumas do passado, porque não confio em verbos no gerúndio e também porque namorar requer regras de comportamento e o meu forte é, justamente, quebrar regras, seja ela qual for. E também não sou fã de estar cem por cento sozinha. Mas do que eu sou fã então? É, eu leio pensamentos, e respondendo, as coisas são tão modernas que já existe um meio termo, na teoria não sei bem como se chama, mas na prática funciona como um relacionamento casual, sem regras, sem compromissos, sem cobranças, ciúmes violentos , conhecer a sogra e essas coisas chatas, um relacionamento que reúne todas as coisas boas de um namoro e descarta as ruins. É disso que eu gosto, conhecer pessoas novas, classificá-las entre lindas, gente boa e boa gente, me apaixonar em 3 minutos, me arrepender em um e terminar o fast relationship em dois.

O que há de errado? Isso é uma diversão pra mim, eu não sei deixar que as pessoas se apeguem a mim, entro em pânico só de pensar que alguém gosta de mim e que eu não sinto o mesmo, só me sinto segura e pronta pra me apaixonar quando sei que a outra pessoa não vai se apaixonar. Eu me imagino respondendo “sim” à pergunta “quer namorar comigo?” mas sei que quando esse dia chegar eu vou suar frio, gaguejar e talvez diga um simples “ta”. Eu tenho claustrofobia, não posso namorar, não posso ficar em lugares fechados, não posso me sentir sufocada, eu suo frio.

Sei que isso são coisas da idade, cada um tem a sua hora, e isso não quer dizer que eu vá, pra sempre, ter esse pensamento, até porque estou em constante mudança, mas agora, nesse exato momento, sinto que ainda tenho muitas coisas pra fazer, muitas pra dizer, muitas pra comer, pra correr, pra viver. Um namorado não me permitiria fazer nem metade de tudo que desejo, e é isso que eu não quero. Sei que as coisas acontecem justamente na hora que tem que acontecer, e que não adianta eu ficar negando algo que tem que acontecer pra mim, pode ser que o grande amor da minha vida apareça na minha frente amanhã e depois de amanhã nós já estejamos namorando, como pode ser também que eu tenha conhecido ele semana passada e nem tenha me dado conta, a vida tem dessas coisas... E enquanto eu sou livre, vou aproveitando, nada melhor do que respirar fundo e sentir que nada me prende.

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