quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Apresentações...

Acho que nunca me apresentei devidamente aqui, apesar de já ter dado várias pistas sobre mim. Não que eu seja alguém famoso ou de grande importância para o país, mas acho digno, pelo menos, uma carta de apresentação para informar quem lê.

Oi, meu nome é Gabriela, eu tenho 1,53 cm de altura, eu sei, abatumei e não, eu não vou crescer mais do que isso, meu salva vidas é o salto alto e eu não acho graça em piadas de anão e derivadas. Eu não me considero a pessoa mais bonita do mundo, mas sei que a minha mãe acha, também não me considero a mais inteligente e nisso a minha mãe concorda comigo. Eu sou estudante por enquanto, já que eu termino o ensino médio este ano, não trabalho, não declaro imposto de renda, mas tenho um cofrinho no meu quarto. Faz três dias que eu estou sem internet, minha vida está um saco, ops, isso aqui não é twitter... Mas voltando ao assunto, eu não acredito em Papai Noel, nem em príncipe encantado e em dietas também não, comecei a minha semana passada e já perdi as contas de quantas vezes a quebrei. Eu tenho alergia a pó, uma coisa que todo mundo tem, acredito eu, tenho dois gatos, mas não sou alérgica a eles. Tenho fé que água de melissa é o remédio universal, que cura todos os males, aliás eu adoro remédio e se eu votasse, eu tenho 16 anos mas não fiz meu título de eleitor, eu votaria no Serra porque também sou hipocondríaca.

Sou a favor da lei que diz que quem acertar seu nome na sua prova deve ganhar pontos por isso, apesar de ela não existir ainda, mas, com certeza, quando for criada eu vou apoiar. Eu odeio coisas quadradas e também não gosto do formato redondo, acho que prefiro os ondulados, só sei a tabuada do dois e olhe lá, nunca conheci o Beto Carrero e nem vou conhecer, porque ele já morreu(valeu pai!), eu tenho hipotireoidismo e odeio quando as pessoas me dizem “tu tem tireóide?”, mas é claro que eu tenho, todo mundo tem tireóide, já falei que odeio pessoas ignorantes? Ah, eu escrevi um texto mais pra baixo falando que eu não gosto muito das pessoas... Também não sou nada simpática, mas é só me dar três doses de tequila e eu viro a tua amiga de infância, não sou uma rebelde sem causa, apesar de não ter causa nenhuma, mas prefiro não pintar os cabelos e esperar os brancos chegarem e, ao contrário do meu irmão, eu vim com o botãozinho de desliga.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Estado civil: Claustrofoba

Vou confessar agora algo que nunca falei: não gosto de ser solteira. Não, não gosto nem um pouco. Não que isso signifique que adoro namorar ou estar casada, até porque nunca estive, então nem sei como é. Mas o que passa é que estar solteira me remete a estar sozinha e estar sozinha pra mim é a coisa mais chata do mundo.

Como já disse antes, não sou fã numero um do relacionamento “namorando”, por vários motivos: traumas do passado, porque não confio em verbos no gerúndio e também porque namorar requer regras de comportamento e o meu forte é, justamente, quebrar regras, seja ela qual for. E também não sou fã de estar cem por cento sozinha. Mas do que eu sou fã então? É, eu leio pensamentos, e respondendo, as coisas são tão modernas que já existe um meio termo, na teoria não sei bem como se chama, mas na prática funciona como um relacionamento casual, sem regras, sem compromissos, sem cobranças, ciúmes violentos , conhecer a sogra e essas coisas chatas, um relacionamento que reúne todas as coisas boas de um namoro e descarta as ruins. É disso que eu gosto, conhecer pessoas novas, classificá-las entre lindas, gente boa e boa gente, me apaixonar em 3 minutos, me arrepender em um e terminar o fast relationship em dois.

O que há de errado? Isso é uma diversão pra mim, eu não sei deixar que as pessoas se apeguem a mim, entro em pânico só de pensar que alguém gosta de mim e que eu não sinto o mesmo, só me sinto segura e pronta pra me apaixonar quando sei que a outra pessoa não vai se apaixonar. Eu me imagino respondendo “sim” à pergunta “quer namorar comigo?” mas sei que quando esse dia chegar eu vou suar frio, gaguejar e talvez diga um simples “ta”. Eu tenho claustrofobia, não posso namorar, não posso ficar em lugares fechados, não posso me sentir sufocada, eu suo frio.

Sei que isso são coisas da idade, cada um tem a sua hora, e isso não quer dizer que eu vá, pra sempre, ter esse pensamento, até porque estou em constante mudança, mas agora, nesse exato momento, sinto que ainda tenho muitas coisas pra fazer, muitas pra dizer, muitas pra comer, pra correr, pra viver. Um namorado não me permitiria fazer nem metade de tudo que desejo, e é isso que eu não quero. Sei que as coisas acontecem justamente na hora que tem que acontecer, e que não adianta eu ficar negando algo que tem que acontecer pra mim, pode ser que o grande amor da minha vida apareça na minha frente amanhã e depois de amanhã nós já estejamos namorando, como pode ser também que eu tenha conhecido ele semana passada e nem tenha me dado conta, a vida tem dessas coisas... E enquanto eu sou livre, vou aproveitando, nada melhor do que respirar fundo e sentir que nada me prende.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Variações de uma mulher menstruada

Todos sabem que uma vez por mês a mulher sofre uma descarga hormonal que faz com que ela menstrue. E além de cólicas, dores de cabeça e vontade de comer chocolate, ela também tem variação de humor. Por exemplo:

A namorada

(fora do período menstrual)

Ela: Oi amor, chegou tarde do trabalho hoje, ah pobrezinho, que estava fazendo? Vou aquecer a janta pra ti.

(durante o período menstrual)

Ela: João Pedro Frederico, porque estás atrasado pro jantar? Ta de caso com a baranga da tua secretária é? Eu te liguei mais de cinco vezes e esse celular só dá desligado. Eu já comi, se tu quiser comer alguma coisa vai aquecer a comida pra ti.

A mãe

(fora do período menstrual)

Filha: Mãe, posso sair esse final de semana?

Ela: Claro meu amor, vai mesmo, aproveita a vida enquanto tu é jovem, já viu com que roupa tu vai?

(durante o período menstrual)

Filha: Mãe, posso sair esse final de semana?

Ela: Por quê? Tu já não saíste final de semana passado? Vai te sossegar um pouco, não quero ter que te buscar de madrugada, tive uma semana horrível e deu desse assunto!

A professora

(fora do período menstrual)

-Bagunça na sala.

Ela: Gente, vamos parar com a conversa, já estamos quase no final do ano, é hora de recuperar nota e prestar atenção na aula.

(durante o período menstrual)

-Bagunça na sala

Ela: Chega de conversa paralela, calem a boca! Já estamos quase no final do ano e duvido que algum de vocês já esteja passado. Eu não sou a mãe de vocês, eu exijo respeito e abram os cadernos, vou dar uma prova surpresa, quero ver se vocês estão sabendo tudo.

A chefa

(fora do período menstrual)

Ela: Rafael, já mandou os relatórios pro meu e-mail?

Ele: Não deu chefa, a minha mãe adoeceu e eu que estou cuidando dela.

Ela: Ah que pena, melhoras pra tua mãe!

(durante o período menstrual)

Ela: Rafael, já mandou os relatórios pro meu e-mail?

Ele: Não deu chefa, a minha mãe adoeceu e eu que estou cuidando dela.

Ela: Como assim “não deu”? Eu pedi isso semana passada! Quero esses relatórios AMANHÃ na minha sala.