segunda-feira, 12 de julho de 2010

Permitir-se

Estou cansada dos meus pensamentos quadrados, cor nude, jecas. Seguir sempre a linha, no eixo da previsão. Que monótono.

Vou me permitir mais, vou viver o que eu sempre quis, mas nunca tive coragem, vou fazer desse filme de comédia romântica uma aventura inesquecível.

Porque é assim que eu sou, esse é o meu eu mais secreto. Tão secreto que nem eu sabia que existia. Vou deixá-lo ser rebelde.

Quero cair, subir, descer quantas vezes forem necessárias. Quero cometer um erro por dia, ok, nos finais de semana dois por dia. Quero fazer parte dessa loucura toda que eu sempre me mantive tão distante.

Não me ofereçam planos, nem seguro de vida, eu quero correr riscos, quero sobreviver ao invés de viver solamente. Não me dêem quebra-cabeças, pois não quero montar as peças ao que se encaixem perfeitamente.

Vou cortar o laço de segurança da minha vida, quero ser o perigo, e se isso não for possível quero correr lado a lado com ele. Quero ser a agulha de adrenalina injetada na veia. E quero que toquem músicas agitadas nesse filme da minha vida.

Quero que a minha vida seja decidida nos quarenta e cinco do segundo tempo, quero ficar com o coração na mão, quero sentir medo, frio na barriga, quero todas as emoções à flor da pele. Quero sentir muito frio e muito calor.

Vou me despir de todas as regras, de tudo aquilo que me ensinaram que era certo. Não quero ser funcionária padrão, nem mulher ideal, nem exemplo de pessoa.

Quero ser chamada de louca, depravada, desprovida, demitida, deslocada, diaba, insana...

E aqueles que quiserem vir comigo prometo um caminho louco, incerto, mas cheio de amor e diversão. Porque afinal, os loucos também amam e sabem se divertir melhor do que ninguém.

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