domingo, 11 de abril de 2010

Certo, errado e perfeito

Pegar o papel e a caneta e inventar um novo mundo, um novo amor, um novo eu!

Realmente, tudo seria mais fácil se cada um de nós tivesse uma caneta mágica que pudesse mudar o errado, transformá-lo em certo. Mas o que seria do certo se não houvesse errado?

Nós precisamos do errado para alcançar o certo, e será que existe mesmo o certo? E se tudo for errado? E se o errado for o certo?

Que confusão.

Nunca estará cem por cento perfeito, sempre restará um pequeno detalhe faltando, uma desconfiança no fundinho do olhar, uma mentirinha, outra ali, um errinho simples que não deixa chamarmos de perfeição.

Passamos inúmeros dias de nossas vidas em busca de beijos perfeitos, cabelos, roupas, flores, notas, condutas, colégios, carros, maridos e mulheres, restaurantes, filhos, amigos, jogos, tudo deve ser perfeito.

O perfeito, ou o errado, ou o certo está nos olhos de quem vê. Depende do que cada um considera justo, depende do que estamos acostumados a fazer, a dar e receber. Buscar a perfeição é como andar em círculos, nadar, nadar e morrer na praia.

Sabes porque? Porque o perfeito mentiu pra ti, tirou férias sem previsão de volta.

Ele sempre foi uma palavra no dicionário, nada mais do que isso. Palavra que saía da boca dos presunçosos. Mera hipocrisia considerar perfeição qualquer coisa que seja, isso não existe mais.

Estamos destinados a lamentar o fim disso por toda a nossa existência e conviver com a sua ausência.

Convivência. Essa é uma palavra a ser discutida em outra ocasião, mas não fujam queridos, lembrem-se sempre: nada mudou, só foram esclarecidos alguns pontos antes meio embaraçados.

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